domingo, 15 de abril de 2012

Para Que As Facas Não Encontrem Meus Pulsos

Rostos me vão vindo aos olhos, até então mantidos fechados
E uma vontade de ter saudade invade a sala
Uma lágrima corre pelo canto dos olhos, agora abertos
Meus braços tomam o vácuo para si num abraço vazio
Uma coreografia estranha toma meu corpo
Eu danço sozinho, sorrindo, soturno
O telefone toca e eu o deixo de castigo no freezer
Escondo todas as facas para que não encontrem meus pulsos
Febre alta, auto-estima baixa, bateria fraca
Me reviro na cama, me deito sob a grama
Mas, saio de lá num salto
Vozes me chamam e eu voo pela janela
Sexto andar, tanta história pra contar
Na boca uma prece e na mente um "peloamordeDeus"
Meu nome, meu nome, meu nome
Gritaram meu nome de novo
Minha cabeça se encontra com a estante da sala
E dele faz-se o sangue
Desmaio.
 

(Texto escrito em Julho de 2009)

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