domingo, 15 de abril de 2012

Canto às Almas Vazias

Os dias têm sido quentes
Para noites que vêm tão frias...
Olhos sempre cheios de rostos
De almas quase sempre vazias...
Ando acompanhado de sombras
Que não me veem como má companhia...
Ouvem meus dizeres atentas,
Silenciadas pelos ares de nostalgia...
Repito sempre a mesma ladainha
Permeada por uma pseudo-sabedoria...
Mudo as palavras pra dizer o mesmo
Novas formas pra afirmar minha teoria...
E quando eu retornei do meu exílio
Desconheci quase tudo o que havia...
Sei que hoje os dias são mais quentes
Porque as noites são mais frias...
Desperdiço minha vida dormindo
E me salvo através da poesia...
Minhas ideias se esgotaram aqui
Mas, não escrevi tudo o que queria...
Nada mais me assusta, nem mesmo a morte
Corpos são ocos e as almas quase sempre são vazias...

 

(Texto de Abril de 2009)

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