Aliás, não parava de verificar as horas no celular.
Pronto! Ela chegou, estava linda de verde.
Ele tinha penteado o cabelo e até passado perfume.
Ela veio pra cumprimentá-lo com um beijo no rosto e suas mãos tentaram um abraço.
O imbecil estava nervoso demais, esquivou-se do abraço (sendo que era isso o que ele mais queria desde o dia em que marcaram esse encontro na porta do metrô).
Encostaram-se na mureta e começaram a conversar.
Meio distantes um do outro, mas, isso não era problema.
Ela ria e se mostrava afim de ouvir o que ele tinha a dizer.
Ele não tirava as mãos do bolso e ficava olhando pro nada.
Ela se aproximava e ele apoiava uma perna sobre a outra, numa dança nervosa.
Ela olhava nos olhos.
Ele olhava pro nada.
Burro!! Olha nos olhos dela e diz a que veio!
[Quase saquei o violão e ofereci uma canção em nome do tal.
Mas, fiquei ali, de voyeur (não tinha nada pra fazer a não ser esperar)]
E ficaram naquele jogo durante um longo tempo.
Estava dando a hora dela e nada do zé mané tomar uma atitude.
Ela aproximou-se pra se despedir.
Ele tremeu. Sua espinha gelou! É agora!
Olharam-se nos olhos, como não haviam feito ainda.
Os olhos escorreram até a boca.
Ela olhou pra cima
"Ai, vai chover, preciso ir
Até mais."
Deu-lhe um beijo no rosto e a cara dele caiu no chão!
Por que não fez nada?
Perdeu a oportunidade do dia!
(...)
Ela já estava dentro do metrô quando tocou o celular.
"Oi... é... hummm... a gente pode se ver de novo outro dia?"
Ela sorriu e não respondeu.
Desligou na cara do carinha.
Bloqueou ligações daquele número.
Excluiu do Facebook.
E ele com cara de bunda, olhando pro nada ainda.
É, meu amigo, a palavra dita, a flecha lançada e a oportunidade perdida são coisas que não voltam.
De volta à prancheta.
(Baseada numa cena que vi acontecer hoje de tarde na rampa da Estação de Metrô Corinthians-Itaquera, enquanto esperava pra ir tocar. Não estive presente no desfecho, mas, criei este pr'aquele rapaz largar de ser besta!!)
Pra ilustrar:
Nossa demais heim é bem assim mesmoo rsrs !! Adoreii
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